Neste período do ano, há uma maior procura dos pacientes por tratamento para os sintomas de olho seco. O clima muito seco associado ao inverno, especialmente em metrópoles mais poluídas induz queixas oculares tais como sensação de corpo estranho, vermelhidão, dificuldade de se concentrar em frente do computador, ardência intolerância ao uso de lentes de contato, etc…
Os pacientes que já apresentam formas leves de olho seco são muito prejudicados nesta época do ano porque tem seus sintomas piorados. Medicamentos de uso crônico como antidepressivos e anti-hipertensivos podem exacerbar o quadro.
Comumente os pacientes que apresentam blefarite e meibomite (que são doenças das pálpebras onde há um aumento da oleosidade com formação de descamações) tem olho seco juntamente com estas alterações.
Como abordar o caso?
O tratamento do olho seco envolve medidas comportamentais como aumentar o ato de piscar no uso da TV ou do computador, utilização de lubrificantes oculares e, nos casos mais severos, a aplicação de colírios baseados em drogas imunossupressoras que podem diminuir o processo inflamatório associado ao quadro de olho seco e melhorar os sintomas como a ciclosporina, tacrolimus e mais recentemente aprovado nos Estados Unidos, o Lifitegrast. Estes remédios citados devem ser administrados com acompanhamento médico e ajudam no aumento da produção de lágrimas nos olhos.
É importante ressaltar que o uso demasiado de colírios lubrificantes também pode piorar os sintomas de olho seco já que alguns destes produtos contêm conservantes bastante tóxicos para o olho. Nestes casos, o uso de lubrificantes sem conservantes podem gerar maior alívio aos pacientes.
Assim, a visita ao oftalmologista é importante para definir as causas do olho seco de um determinado paciente e para planejar a melhor estratégia de tratamento.