Alterações oftalmológicas relacionadas ao vírus Zika

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O Zika vírus, cujo mosquito transmissor é o Aedes aegypti (o mesmo da dengue), foi identificado no Brasil pela primeira vez em 2015 e é muito comum em algumas áreas da África e Ásia. Os sintomas relacionados ao Zika são semelhantes aos da dengue, embora sejam geralmente mais tênues. Os pacientes apresentam dor de cabeça, manchas na pele, febre e dor nas articulações.

O governo brasileiro confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia, uma má-formação do cérebro dos bebês. A microcefalia é muito grave, uma vez que há restrição do crescimento do cérebro do bebê, sendo imperativa a reabilitação através de fisioterapia e fonoaudiologia na infância e adolescência.
Tanto o virus da dengue, como o vírus Zika podem causar alterações oftalmológicas. O mais comum é o acometimento da membrana externa do olho (conjuntiva), gerando sinais e sintomas semelhantes às conjuntivites virais com vermelhidão e sensação de areia.

O fundo de olho pode também ser acometido pelo vírus Zika, causando neurite óptica (inflamação do nervo óptico), alteração da mácula (doença da retina central) e esclerite (inflamação da esclera). Por isso a importância de um bom seguimento oftalmológico nos casos suspeitos, já que estas complicações podem causar diminuição permanente da visão.
Doenças como a rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose estão relacionadas a microcefalia e a má formações oculares há muito tempo. Ainda é incerto qual o possível dano ocular pelo Zika na formação do bebê, mas algumas avaliações iniciais já mostram maior frequência de catarata e glaucoma congênitos, má formação da retina e de nervo óptico em crianças com microcefalia afetados pelo virus. Portanto, os bebês acometidos pela infecção congênita do Zika, devem ser avaliados o mais cedo possível.

Assim, o uso de repelentes, roupas com manga comprida, calça comprida e meias são importantes na tentativa de se evitar a exposição ao mosquito transmissor. Uso de telas nas portas e janelas e o cuidado com a água parada também auxiliam no controle do mosquito. Portanto, especialmente para as gestantes, a prevenção ainda é a melhor maneira de se combater o vírus Zika e, conseqüentemente, a microcefalia e as alterações oculares.

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